Não vai há muito tempo (meados de Julho deste ano), li um
artigo de opinião numa página do Jornal Correio da Manhã, intitulado Rendimento
Máximo e da autoria dum senhor Paulo Morais, Professor Universitário. Esse
artigo diz,…(passo a transcrevê-lo na íntegra):
- O destino do país está na mão de aposentados. O presidente
Cavaco Silva, a primeira figura do Estado, é reformado. A segunda personalidade
na hierarquia protocolar, Assunção Esteves, é igualmente pensionista. Também
nos governos nacional e regionais há ministros que recebem pensão de reforma,
como Miguel Relvas ou até Alberto João Jardim. No Parlamento, há dezenas de
deputados nesta situação. Mas também muitas câmaras são presididas por
reformados, do Minho ao Algarve, de Júlia Paula, em Caminha, a Macário Correia,
em Faro.
É imensa a lista de políticos no activo que têm direito a
uma pensão. Justificam este opulento rendimento com o facto de terem prestado
serviço público ao longo de doze anos ou, em alguns casos, apenas oito. Esta
explicação não convence, até porque uma parte significativa deste bando de
reformados não só não prestou qualquer relevante serviço à nação como ainda
utilizou os cargos públicos para criar uma rede clientelar em benefício
próprio. Foi graças a esta teia que muitos enriqueceram e acederam a funções
para que nunca estiveram curricularmente habilitados. A manutenção até hoje
destes privilégios e prebendas(*) é inaceitável, em particular nos tempos de
crise que atravessamos. Sendo certo que a responsabilidade por este anacronismo
não é de nenhum destes políticos e ex-políticos em particular – também é
verdade que todos têm uma culpa partilhada por não revogarem este sistema
absurdo que atribui tenças(**) milionárias à classe que mais vem destruindo o
país. Urge substituir este modelo pelo único sistema admissível que é o de que
os titulares de cargos públicos, quando os abandonam, sejam indemnizados
exactamente nos mesmos termos que qualquer outro trabalhador.
E que passem a reformar-se, como todos os restantes
cidadãos, quando a carreira ou a idade o permita. É claro que dirigentes
habituados a acumular reformas de luxo com bons salários jamais compreenderão
os problemas dos que têm de viver com salários de miséria; ou sequer entenderão
as dificuldades dos que sobrevivem apenas com pensões de valor ridículo. Não
serão certamente estes reformados de luxo que conseguirão proceder às reformas
estruturais de que Portugal tanto está a precisar.
(*) = cargos rendosos mas de
pouco trabalho // (**) = pensões para remunerar serviços prestados
Mais uma voz da Razão se levanta para questionar os
responsáveis da Nação, pelas suas irresponsabilidades nas atitudes pessoais e
nas infames decisões para o País e para o Pobre Povo Português. E lança este
alerta para os que ainda acreditam ou apoiam estes senhores politiqueiros
(“sabidolas”), ganhem juízo e utilizem a parte boa da sua mioleira, para verem
os enganos, as fraudes, os roubos e os outros demais severos adjectivos a que
todos por eles estamos sujeitos, e, obriguem (sem violência) esses homens e
mulheres a fazer o que de certo e verdadeiro tem de ser feito, que acabem de
vez com as “conversas da treta” ou “falas para boi dormir” e passem de imediato
à acção pretendida.
Que todos juntos possamos ajudar de uma vez por todas, a
salvar este nosso querido País, Pátria Amada, como Bom Povo Português de um
Portugal Histórico e Honrado que somos e que todo o mundo tem a obrigação de
respeitar.
E que os nossos políticos de uma vez por todas deixem de pensar que são os donos do País e que estão a fazer um favor ao Povo, que trabalhem que é para isso que o Povo lhes paga.
A Bem da Liberdade e da Democracia
José Veiga