segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Quero-me manifestar



No passado Sábado 13 de Outubro, foi um dia cheio e memorável para o nosso País. Pois deu-se acto a duas importantes manifestações, uma de cariz religioso, em Fátima celebrava-se um dos aniversários da Aparição da Nossa Senhora, a outra de cariz político, com o Povo nas cidades a protestar contra a má política governamental.

Quase que poderia dizer, ambas com um destino mais ou menos idêntico.

Se na de cariz político se apelava ao governo para o advertir que a sua política não nos está a agradar, devendo pois mudar de estratégia na defesa dos interesses absolutos da Nação, tal como encontrar as soluções capazes para o pagamento da divida Nacional, mas também, para encontrar as rápidas soluções de protecção social, bem-estar e emprego para o povo. Em vez de se preocupar com ele próprio (governo) e com os maus donos do capital, com os maus e falsos empresários, com os maus e “foleiros” políticos,  com os mafiosos e todos os outros demais maus e ladrões deste País, esses todos "ditos poderosos”, esses que são os verdadeiros responsáveis pela má situação em que se encontra o nosso Bom Portugal.

Na de cariz religioso, infelizmente os fiéis também lá foram (de certa forma manifestar-se) para pedir à Nossa Senhora, que os libertasse dos malvados e das maldades dos mesmos referidos no parágrafo acima, acrescentando, porque só Ela tem poderes para tal, a Sua protecção pela saúde contra as doenças, para a protecção contra os fenómenos destruidores da Natureza e das guerras. Em suma pedir o alívio para tudo do que em quase tudo os maus dos humanos são responsáveis.
 
Entretanto junto aos “foleiros“, mais um (que não estava nada à espera, embora já de nada tenha que me admirar).

Ouvi o Sr. Cardeal Patriarca, Dom José Policarpo na TV, mais ou menos a dizer o seguinte; - O governo está a fazer o que tem de ser feito, o Povo não deve ir para as ruas manifestar-se!!!.
Pergunto eu, ele estava preocupado com o País (não dar nas vistas para o exterior = mercados internacionais, FMI, Troika, UE, ou outros???), ou estaria ele só bastante mais preocupado com as audiências locais e televisivas em Fátima???.

Só fala assim, quem se julga mais que os outros, quem não tem falta de alimento à mesa, quem não tem falta de dinheiro no bolso e no banco e que até pode desperdiçar em tabaco.
Até direi eu, que o dinheiro no banco eclesiástico deve render mais à custa dos que nada têm, pois que já no tempo do governo de Salazar, o Cardeal de então, Dom Cerejeira, dizia mais ou menos isto; - O pobre pode viver e produzir bem com um baixo salário e uma sopa.

Me parece que alguém se anda a esquecer de qual deve ser a sua verdadeira vocação política.

Que Deus e a Nossa Senhora nos protejam dos falsos profetas e nos perdoe e livre de todo o mal, Ámen.

Pelo Bem da Nação

Zé Veiga

1 comentário:

  1. Ai pai, que andas tão cáustico!!!
    Tem calma, que isso faz-te mal ao estômago!!!

    Não foi uma saída feliz (está aqui o vídeo: http://www.tvi24.iol.pt/aa---videos---sociedade/austeridade-manifestacao-djose-policarpo-impostos-ultimas-noticias-tvi24/1383064-5795.html), mas o clero e os governantes sempre andaram de mão dada e, mesmo tendo em consideração a tentativa de desligar um do outro que ocorreu no início do século passado, continuamos a ser um estado católico e não laico como muitos arengam.
    E numa coisa ele tem razão: isto foi resultado de muita coisa mal feita durante muito tempo e contestando não se resolve. Já com a parte da revolução, não sei...
    Não é na rua que se diz que se deve governar, concordo, mas então como se resolve esta bosta em democracia?!? Essa sim, é a verdadeira questão!

    Pensa nisso e depois bloga a tua opinião! :-)

    Beijinhos e até breve.

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